GONZAGA JAYME
CADEIRA Nº 10 – PATRONO
Foram quase 50 anos como advogado: entre 1957 e 2004, quando parou por problemas de saúde. Atuava como um “clinico geral” do Direito. Tinha sucesso no Tribunal do Júri, mas, nem por isso, considerava-se criminalista. “Sou advogado. No meu diploma não está escrito “criminalista”, e sim advogado. Também atuo na área cível, em especial no Direito de Família”, dizia, a época.
O desataque na área penal veio após ter sido acusador em um júri que marcou sua vida profissional. Um grande amigo, também advogado, ganhou uma causa e foi assassinado por aqueles que foram derrotados na decisão judicial. Foi aí que Gonzaga participou de um júri do outro lado, como assistente de acusação, e conseguiu condenar o acusado.
Na década de 1970, foi presidente da seccional da OAB em Rio Verde, cidade onde nasceu e sempre morou. Lutou por algo que na época, era novidade: uma sala exclusiva para os causídicos no fórum da comarca, para os profissionais que viessem de outras cidades ter acesso a livros, máquinas de escrever, local para descanso ou se preparar para o júri.
Antes da atividade classista, Gonzaga Jayme dedicou-se á política, sendo secretario de Estado de Segurança Pública e Serviço Social, no governo Otávio Lage, entre 1966 e 1967. Também foi vereador duas vezes em Rio Verde, sendo o mais votado da cidade em umas das eleições. Foi candidato a deputado estadual e obteve boa votação, mas não conseguiu atingir o quociente eleitoral. Foi articulista em jornais e criou um programa de rádio, em Rio Verde.
Gonzaga teve muitos irmãos, e seu pai não poderia prover estudo superior a todos. O único a se graduar, então, acabou sendo ele. O sonho, quando menino, era ser médico. Mas compreendeu a dificuldade do pai – ele teria de estudar em outro estado, já que não havia Medicina em Goiás na época – e optou pelo o Direito. Colou grau em 1956, pela UFG.
